Quando fui a Santorini: Julho de 2009
Quanto tempo: 2 dias
Santorini é a cara da Grécia. É nesta ilha de origem vulcânica que você encontra aquela tradicional imagem de casinhas brancas com telhados e janelas azuis amontoadas no morro, com vista paradisíaca para o Mar Egeu. Santorini é fotogênica, tem um cenário único nas Ilhas Gregas, com praias de areia escura e rochas. É lá também onde acontece o mais concorrido pôr do sol da região, em Oia. Ponto de parada de navios de cruzeiro, ela costuma ficar cheia no verão, recebe um público variado, muitos casais em clima de romance, e tem bem menos agito noturno do que Mykonos e Ios, por exemplo.
Foi a partir de uma erupção vulcânica há cerca de 3.500 anos que Santorini se formou, a maior ilha de um pequeno arquipélago de mesmo nome, nas ilhas Cíclades. O fenômeno da natureza criou uma paisagem impressionante por lá, e o lugar tem um relevo que exige bom preparo físico dos visitantes para as constantes subidas e descidas. Logo em frente à formação principal, há uma outra ilha com um vulcão e uma lagoa em uma cratera.
Por ser um destino bastante turístico, os preços acabam subindo durante o verão, e Santorini tem o custo um pouco mais elevado que a maioria das Ilhas Gregas. Mesmo assim, é possível encontrar alternativas com bons preços de hospedagem e alimentação. Quando estive lá em julho de 2009, em uma viagem que também incluiu a capital Atenas, Mykonos e Ios (confira roteiro de 10 dias pelas Ilhas Gregas), em plena alta temporada, conseguimos aproveitar bem sem gastar muito. A Grécia, em geral, é um país bem mais barato do que a maioria dos lugares da Europa Ocidental.
Fui de ferry saindo de Atenas, do porto de Pireus, pela empresa Blue Star Ferries, mas existem outras companhias que fazem o mesmo trajeto de 200 quilômetros, como a Hellenic Seaways. Comprei tudo na hora mesmo, mas é possível reservar pela internet. O ticket mais barato do barco lento custa uns 40 euros, e a viagem demora quase 9 horas. Os high speed ferries, bem mais rápidos, levam metade deste tempo e saem por uns 60 euros. Como já falei em outro post da Grécia, os bilhetes de classe econômica não têm assento marcado, então é bom chegar com antecedência para o embarque para pegar um lugar melhor, correndo o risco de ter que sentar até no chão.
Existe ligação de ferry com várias outras ilhas do país, como Ios e Rodes, por exemplo, e conexão até Mykonos. Santorini também conta com um pequeno aeroporto, mas voar até lá geralmente é uma opção bem mais cara. Quem chega de ferry, desembarca no porto novo, Athinios, e precisa pegar um ônibus ou táxi até a região central. Muitos hotéis também oferecem transporte grátis para buscar os turistas na chegada. Quem está de navio de cruzeiro ou faz passeios em ilhas próximas desembarca no porto velho, Skala Pier, e precisa subir até o topo da ilha para chegar a Fira, o centro de Santorini. As três opções para esta íngreme subida são: uma cansativa e gratuita caminhada em ziguezague por aproximadamente 600 degraus, um teleférico por 5 euros, ou montar em um dos muitos burrinhos de carga que ficam ali e são praticamente uma atração turística da ilha, pagando 1 ou 2 euros, ou quanto você conseguir na negociação com os locais.
A melhor forma de conhecer Santorini é alugar um quadriciclo 4×4, por cerca de 20 euros a diária, e ter a liberdade para rodar a ilha sem depender dos horários do transporte público. Esta é definitivamente uma ótima recomendação. Mas, para quem preferir, existem linhas de ônibus saindo do centro que levam às principais praias como a Red Beach, ao porto novo, a Oia e a outros pontos da ilha.
HOSPEDAGEM:
Optamos por ficar no centro de Santorini, chamado de Fira, pela facilidade de locomoção para os mais variados pontos. Ficamos no San Giorgio Villas, 25 euros por pessoa cada noite em um quarto quádruplo, uma simpática pousada, mas sem nenhum um atrativo especial. Nada de piscina ou vista para o mar, por exemplo, coisa que muitos hotéis oferecem, por um preço um pouco maior. Além de Fira, os dois lugares mais procurados para hospedagem são a região de Perissa, mais perto da praia, e a vila de Oia, onde há a vista do famoso pôr do sol, mas os hotéis costumam ser mais caros.
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O QUE FAZER:
Fira é a capital de Santorini, ou o centro da cidade, fica a 260 metros acima do nível do mar, e é lá e nos arredores que se encontra a maioria do comércio, agências, restaurantes, bares e também da vida noturna. Como já escrevi no início, a ilha não tem a mesma agitação de Mykonos e Ios, por exemplo, mas no verão é possível encontrar certa animação em bares/baladas menores com música, que ficam cheios de estrangeiros. Para os que quiserem experimentar pratos típicos gregos, diversos locais espalhados por entre as ruazinhas com subidas e descidas têm no cardápio especialidades como a moussaka (quase uma lasanha de cordeiro), o souvlaki (churrasquinho grego no espeto) ou a baklava (tipo um pastel doce) de sobremesa. Em um lugar simples, um prato individual custa por volta de 10 euros. Mas, claro, para aqueles que priorizam a economia na hora da comida, praticamente em toda esquina você acha gyros pita (por uns 3 euros), uma espécie de kebab à moda grega, que tem até batata frita.
No extremo norte da ilha fica a vila de Oia (pronuncia-se “Ia”), local concorrido para ver o famoso pôr do sol, que está no ranking Top 10 Pôr do Sol do Bora Viajar Agora. Todos os fins de tarde, trocentas pessoas se aglomeram por entre as casinhas brancas com telhados e janelas azuis e vista para o mar, preparam as suas câmeras fotográficas e ficam à espera do tão aguardado momento com o Mar Egeu de pano de fundo. A região, que conta com restaurantes e bares um pouco mais caros do que Fira, também é bastante procurada por casais em busca daquele clima de romance nas Ilhas Gregas.
Acabamos fazendo também um tour de barco bem popular aos viajantes que vão até Santorini, para conhecer as ilhas próximas que formam o arquipélago. Pagando cerca de 30 euros por pessoa e com umas 4 horas de duração, o passeio de barco nos levou a três pontos: Nea Kameni, a ilha logo em frente onde fica a caldeira do vulcão e fizemos uma caminhada, Palia Kameni, onde é possível nadar nas águas termais, e Thirasia, ilha desabitada onde há restaurantes e paramos para almoçar. Não espere que sejam atrações espetaculares, mas é interessante e agradável.
PRAIAS:
A praia mais exótica, e também mais bonita, de Santorini é a Red Beach, no sul da ilha, com areias e pedras avermelhadas de origem vulcânica. Ao fundo, impressionantes falésias, um imenso paredão de mesma cor. Ela fica perto do sítio arqueológico de Akrotiri, uma importante cidade pré-histórica, e para chegar até lá é preciso fazer uma curta trilha sobre as rochas.
As praias de Kamari e Perissa são as mais movimentadas da ilha, ambas com areia escura, boa estrutura de bares, restaurantes, guarda-sóis e cadeiras para alugar por cerca de 5 euros. Outras opções conhecidas por lá para aproveitar o sol do verão europeu são a White Beach, a Perivolos e a Baxedes.
IMPERDÍVEL
– Alugar um quadriciclo 4×4 para rodar a ilha com mais liberdade e explorar as belas praias mais escondidas sem depender do transporte público.
– Ver o concorrido pôr do sol na vila de Oia, onde as pessoas se aglomeram por entre as casinhas brancas com o Mar Egeu ao fundo.
– A Red Beach é a praia mais exótica de Santorini, um belo visual com areia e pedras avermelhadas e cercada por um imenso paredão de mesma cor.
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