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SEMUC CHAMPEY: como ir, o que fazer, dicas

As belas piscinas naturais no rio no interior da Guatemala, um esforço que compensa
Publicado em:

Quando fui a Semuc Champey: Março de 2015

Quanto tempo: 1 dia

Entre as muitas belezas naturais que a Guatemala tem a oferecer ao turista, está Semuc Champey, uma enorme ponte natural de pedra sobre o Rio Cahabón, na qual se formaram belas piscinas naturais com águas esverdeadas. Localizado no meio de uma floresta no interior do país, em um local de difícil acesso, esta maravilha da natureza exige um certo esforço do visitante e horas na estrada, mas a recompensa vem em forma de um visual de tirar o fôlego, além da possibilidade de nadar e se refrescar neste cenário espetacular.

Semuc Champey foi um dos pontos altos do mochilão da América Central (clique aqui e veja o roteiro completo), que fizemos durante 36 dias entre fevereiro e março de 2015. Dormimos duas noites em Lanquín, a cidade que fica mais próxima deste monumento natural, mas ficamos apenas um dia inteiro por lá, o que é suficiente para conhecer o lugar, mas sem muito tempo para relaxar. Na Guatemala, país que conta com várias atrações interessantes, tem baixo custo e o turismo está se desenvolvendo cada vez mais, também estivemos na cidade histórica de Antigua, cercada por vulcões, e nas ruínas maias de Tikal, ao lado de Flores.

Todos esses são destinos que valem a pena estar no roteiro, mas eu diria que Semuc Champey é o mais imperdível. Lá, além das piscinas, aproveitamos também uma caverna subterrânea, com partes cheias de água, e um dos hostels mais legais que ficamos na viagem.

TRANSPORTE:

Semuc Champey fica localizado a 12 km do município de Lanquín, bem no interior da Guatemala, em uma região de floresta tropical. Para chegar lá, é necessário encarar horas de estradas ruins vindo de alguma cidade maior do país. Estávamos em Antigua, em nove pessoas naquele momento, então fechamos uma van só para nós com motorista, por 23 dólares por pessoa. Para percorrer os cerca de 300 km de Antigua até Lanquín, foram oito horas de viagem, das 14h às 22h, com uma parada para comer na cidade de Cobán, em uma van apertada e com a estrada ainda pior durante a noite, mas no fim deu tudo certo. A maioria dos hostels nos lugares turísticos oferece essa opção de shuttles privados em vans até Semuc Champey. Não há transporte público regular direto em ônibus ou vans saindo de Antigua ou Guatemala City, por exemplo, é necessário ir primeiro até Cobán e depois pegar outro.

Para ir embora, fizemos mais uma viagem cansativa em uma van desconfortável, desta vez dividindo o veículo com mais gente. Foram uns 300 km de Lanquín até Flores, distância percorrida em longas dez horas, das 9h às 19h, em um shuttle que fechamos no hostel, a única opção disponível naquela data.

​HOSPEDAGEM:

Ficamos hospedados no Zephyr Lodge, em Lanquín, pagando 32 euros a diária de um quarto duplo com banheiro. Existem dormitórios compartilhados também. Foi um dos hostels mais legais desta viagem, com uma ótima vibe, agitação à noite no bar com música e boa estrutura, com destaque para a área da piscina. Por estar localizado em uma grande área verde, um pouco isolado da cidade, tem bonita vista das montanhas da região, mas também espere encontrar alguns visitantes indesejados das mais variadas espécies, mais conhecidos como insetos, que habitam no meio do mato por ali. Nada de preocupante, faz parte do ambiente.

Também existem algumas opções de hospedagem logo na entrada do parque de Semuc Champey ou no caminho da cidadezinha de Lanquín até lá, mas esses lugares ficam mais afastados de serviços como restaurantes, comércio, agências de turismo, etc…

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O QUE FAZER:

Para conhecer o monumento natural de Semuc Champey, fechamos um tour direto no nosso hostel, por 175 quetzales (23 dólares) por pessoa, que incluiu o transporte, ingresso, almoço e também a entrada na gruta Kanba, que fica logo ao lado. O passeio durou um total de oito horas, saindo cedo e voltando à tarde. Existe também a possibilidade de ir por conta própria a partir de Lanquín, há veículos que ligam a pequena cidade até a entrada do parque. O ingresso avulso para Semuc Champey custa 50 quetzales (6,50 dólares).

Fizemos o trajeto de 12 km até lá junto com várias pessoas em pé na parte traseira de uma caminhonete 4×4, um percurso roots em estrada esburacada de terra e lama que dura aproximadamente uma hora. Logo que chegamos, primeiramente entramos na caverna subterrânea de Kanba, e digo que é uma experiência bem legal. Sempre em grupo e seguindo um guia, todos vão com uma vela na mão para iluminar o caminho escuro, sendo que boa parte da caminhada é feita dentro da água, e em alguns trechos mais fundos é preciso nadar um pouco. Existem cordas para ajudar. Há também algumas pequenas subidas e descidas e até uma espécie de escorregador no meio das pedras. Vale bastante a aventura. É recomendado ir com algum tênis ou calçado confortável que não seja chinelo.

Depois, ainda tivemos um tempo para quem quisesse pular do alto de uma ponte no rio ou se aventurar em um grande balanço e se jogar na água. Então, finalmente entramos mesmo no parque de Semuc Champey. Lá dentro, a primeira coisa a se fazer é ir para o mirante para ter a bela vista panorâmica das piscinas naturais esverdeadas, aquela imagem mais conhecida da maioria das fotos do local. Para isso, no entanto, exige-se um fôlego considerável para subir uma trilha bem íngreme de 1,2 km de distância, com escadas e algumas partes escorregadias até chegar lá no alto (a recomendação mais uma vez é usar tênis aqui), o que demorou quase uma hora. Mas o esforço compensa bastante.

​Após a descida, é hora de aliviar o cansaço e se refrescar nas várias piscinas formadas em uma ponte de pedra de 300 metros de extensão sobre o Rio Cahabón. Logo abaixo de onde aproveitamos as águas tranquilas deste fenômeno natural, o rio corre com um fluxo bem mais forte. Pra terminar, já do lado de fora do parque, teve o almoço que estava incluído no preço do passeio, feito em umas tendas armadas ao ar livre, antes de pegarmos a estrada de volta para Lanquín. Para quem quiser, também há a opção de descer uma parte no rio em cima de uma grande boia, o chamado “tubing”, mas não chegamos a fazer.

IMPERDÍVEL:

– A recomendação é usar tênis ou um calçado confortável tanto para subir a trilha até o mirante de Semuc Champey quanto para entrar na caverna cheia de água.

QUER SABER MAIS SOBRE SEMUC CHAMPEY? ACESSE TAMBÉM:

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Tiago Lemehttps://www.boraviajaragora.com/
Jornalista, autor do Bora Viajar Agora, atualmente morando em Paris, trabalhando como freelancer. Já visitei 90 países. Os posts escritos neste blog são relatos de minhas viagens, com dicas e informações para ajudar outros viajantes.

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