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TEL AVIV: o que fazer, dicas, praias e festas em Israel

Praias, festas e mercados na cidade mais vibrante e liberal de Israel
Publicado em:

Quando fui a Tel Aviv: Outubro de 2011 e Agosto de 2019

Quanto tempo: 2 dias e 2 dias

Esqueça aquele estereótipo do Oriente Médio conservador, antiquado ou mesmo perigoso por causa de conflitos religiosos e políticos. Tel Aviv é bem diferente disso, é a cidade mais vibrante e liberal de Israel e provavelmente de toda essa região. Claro que o turista também vai encontrar lá muita história e cultura, mas o destaque são as praias, bares, festas e vida noturna animada, além de ótima gastronomia e mercados locais. Tel Aviv tem ambiente agradável e descontraído, clima de verão durante a maior parte do tempo. Eu costumo dizer que é um Rio de Janeiro em tamanho reduzido, já que as semelhanças são grandes. Não por acaso, é conhecida como “a cidade que nunca dorme” e “capital das festas”.

Para os mais animados, uma viagem a Tel Aviv é certeza de diversão aproveitando o Mar Mediterrâneo e as baladas de música eletrônica. Para os mais cultos, a cidade antiga de Jaffa é garantia de lugares históricos, um contraste com os grandes prédios do centro, que mostram também uma metrópole moderna. Para os mais famintos, os mercados e a culinária israelense e árabe vão dar água na boca. É um lugar onde o velho e o novo coexistem, assim como judeus e muçulmanos convivem juntos em harmonia por lá.

Estive duas vezes em Tel Aviv e fiquei dois dias na cidade em cada vez. Na primeira, em outubro de 2011, fui durante o mochilão que fiz pelo Oriente Médio, e nem mesmo o feriado de Yom Kippur impediu uma noite bastante agitada no hostel. Depois, em agosto de 2019, foi o começo de uma viagem de uma semana em Israel, que incluiu também Jerusalém e Nazaré, além de Belém e Jericó, na Palestina. Excelente época para viajar. Para aproveitar melhor o calor, viaje entre maio e outubro, quando está mais quente, sendo que julho e agosto são o auge do verão. Israel é bem mais desenvolvida do que os países árabes com os quais faz fronteira, por isso o custo da viagem por lá é um pouco maior, os preços são próximos aos praticados na Europa ocidental. A segurança da região ainda é um fator que sempre gera preocupação, mas evitando a viagem em épocas turbulentas, isso não deve ser um problema, já que a violência urbana é mínima.

Muita gente usa Tel Aviv apenas como ponto de passagem, já que o aeroporto fica lá, e foca só em Jerusalém (que de fato é espetacular, histórica e merece ser conhecida com calma). Mas minha dica é: não ignore o “Rio de Janeiro de Israel”, reserve uns dias que você não vai se arrepender! Vá sem pressa, nada de bater o ponto apenas nas atrações turísticas, e aproveite bem, seja relaxando na praia ou festejando à noite!

Reservas

TRANSPORTE:

Na minha primeira viagem, entramos em Israel vindo da Jordânia, cruzando a fronteira por terra, pelo Sul do país, na cidade de Eilat. Dali, pegamos um ônibus da empresa Egged, a principal do país e bastante eficiente, e passamos pelo Mar Morto antes de chegar a Jerusalém. Na saída, seguimos rumo ao Egito, também fazendo um trajeto rodoviário. Na segunda vez, chegamos por Tel Aviv, onde fica o principal aeroporto internacional do país, em um voo da Transavia saindo de Paris, por 114 euros. Para quem viaja direto da Europa, existem boas opções de voos para Israel, incluindo companhias aéreas low-cost. Na volta até a capital francesa, voamos pela Czech Airlines, com uma conexão em Praga, por 210 euros. Lembrando que viajamos no mês de agosto, alta temporada de verão, com preços geralmente mais altos.

Importante citar que a imigração israelense costuma ter forte esquema de segurança. Em 2011, por termos visitado países árabes antes, o processo na fronteira foi bem rígido e demorado, mas fomos liberados sem problemas. Já em 2019 foi bem mais tranquilo no aeroporto, só com algumas perguntas básicas. Atualmente, os passaportes não são mais carimbados na chegada, pois determinadas nações árabes não permitem a entrada de pessoas que tenham visitado Israel. Por outro lado, o caminho inverso não é proibido, apesar do controle mais forte pelos agentes.

Para ir de Tel Aviv a Jerusalém e vice-versa, uma distância de 66 km, a maneira mais barata é ônibus, por 18 shekels (5 euros) e uns 45 minutos de duração. Também é fácil ir de trem ou de sherut (vans compartilhadas). No entanto, durante o Shabbat, o dia de descanso do judaísmo, que vai do pôr do sol de sexta-feira ao pôr do sol de sábado, ônibus e trens não funcionam. Com isso, a solução é pegar um sherut, o que fiz da primeira vez, por 35 shekels (9 euros), ou um táxi, o que fiz da segunda vez pela comodidade, por 300 shekels (80 euros) dividido em quatro pessoas.

Em Tel Aviv, é agradável caminhar pela orla da praia e perfeitamente possível fazer quase tudo a pé na cidade, incluindo ir até Jaffa. Uma alternativa também pode ser alugar bicicleta. No caso de distâncias mais longas ou cansaço, existem várias linhas de ônibus. À noite, para ir a bares ou baladas mais longe, vale usar Uber ou aplicativo de táxi. Para ir do aeroporto Ben Gurion até a região central, a 15 km, há trem e o ônibus 445 (13 shekels ou 3 euros). Alugar um carro ainda pode ser uma boa ideia para visitar outros destinos no país, o que fizemos pelo site da Rentalcars.

HOSPEDAGEM:

Nas duas viagens que fiz a Tel Aviv fiquei em dois hostels sensacionais, que valeram muito a pena pelo custo-benefício, ótima estrutura, ambiente agradável, localização… Então, fica aqui a indicação certeira pra quem curte este tipo de hospedagem econômica e com a possibilidade de interagir com viajantes de vários cantos do mundo. Em 2011, dormi no Hayarkon 48 Hostel, por 49 shekels (10 euros, no câmbio da época) a diária de uma cama em quarto compartilhado. O local fica a apenas uma quadra da praia, na Jerusalem Beach, conta com área comum com mesa de sinuca, bar e um terraço rooftop com sofás e mesas. Foi neste espaço aberto no topo do prédio que rolou uma das festas mais legais e inusitadas que eu já fui em hostels na minha vida. Sem saber, cheguei em Tel Aviv num fim de semana que era feriado de Yom Kippur, uma das datas mais importantes pro judaísmo, com diversas proibições e quando absolutamente tudo fica fechado, incluindo bares e baladas (leia mais abaixo no tópico noite e festas). Com isso, a diversão à noite foi no hostel mesmo, e ele entrou na lista Top 10 Party Hostels do Bora Viajar Agora.

Já em 2019, fiquei no Beachfront Hostel, por 550 shekels (137 euros) a diária de um quarto quádruplo privado, com banheiro dentro, o que deu 137 shekels (34 euros) por pessoa por noite. Este ficava exatamente na avenida da praia, próximo do outro hostel, também muito bem estruturado e com opções de atividades, incluindo aluguel de pranchas de surfe. Destaque para o bar no rooftop, de frente para o mar e com amplo espaço com mesas e cadeiras. Desta vez estive na cidade no mês de agosto, alta temporada, então os preços estavam mais altos e não foi fácil encontrar um lugar barato para se hospedar. Nesta viagem para Israel, depois de irmos a Jerusalém e outras cidades, voltamos para Tel Aviv e dormimos uma última noite lá novamente, antes de pegar o voo bem cedo. Como foram poucas horas, ficamos fora da zona turística mais central, longe da praia, já no caminho para o aeroporto, no InnTLV, por 272 shekels (68 euros) um pequeno apartamento de dois quartos, ou 68 shekels (17 euros) por pessoa dividindo em quatro..

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O QUE FAZER:

O ambiente de Tel Aviv é bem descontraído. Em uma comparação com Jerusalém, é fácil perceber a diferença nas ruas e até nas roupas que as pessoas vestem. Pra mim, é uma das cidades mais legais do mundo. Mas entre praias, mercados, bares, festas e pontos turísticos, vamos começar falando sobre a parte histórica. Tel Aviv foi fundada em 1909 pela comunidade judaica nos arredores de Jaffa, uma antiga cidade portuária, uma das mais velhas do mundo, que tinha maioria da população árabe. Em 1950, dois anos depois da criação do Estado de Israel, as duas cidades se fundiram. Atualmente, Jaffa (ou Yafo, em hebraico, que significa “bela”) é um como se fosse um bairro, a Cidade Velha ou centro histórico de Tel Aviv. Fica a apenas 2,5 km da praia de Jerusalem Beach, e é um bom lugar para começar um passeio turístico. O esquema ali é caminhar e se perder pelas ruelas para pedestres e escadarias, é uma área relativamente parecida com a Old Town de Jerusalém, mas um pouco menor e menos movimentada. Também tem muitas lojinhas, cafés, restaurantes, galerias de arte e atmosfera interessante, uma mistura de muçulmanos, judeus e cristãos convivendo em paz.

O Flea Market (Mercado das Pulgas) é um ótimo exemplo disso, com barracas e lojas que vendem de tudo, de roupas a bugigangas e souvenirs, aberto quase todos os dias pela manhã e à tarde (menos no Shabat, fechado na sexta à tarde e sábado). Entre as outras atrações interessantes desta parte da cidade, que devem fazer parte de um roteiro a pé, estão o Porto de Jaffa (hoje revitalizado), a Torre do Relógio (Clock Tower), a Mesquita Al Bahr, a St. Peter’s Church (Igreja de São Pedro) e logo ao lado, na parte alta de Jaffa, uma agradável praça com um café (Bell Café), terraço e pequeno mirante com vista para o mar. Destaque também para o Abrasha Park, um parque com boa área verde e visuais do mar e da cidade. Lá fica a Ponte dos Desejos (Wishing Bridge), onde há os 12 signos desenhados em placas de metal. Diz a lenda que, quem encostar a mão no seu signo e fizer um pedido olhando para o mar, o desejo se realizará.

De Old Jaffa até o porto novo de Tel Aviv, que fica mais ao norte, são aproximadamente 5 km de praia, e uma caminhada ou pedalada pela orla marítima são excelentes maneiras de apreciar o clima da cidade e parar no lugar que mais agradar. As praias são bem parecidas, uma é nada mais do que a continuação da outra, só muda o nome, com algumas diferenças do estilo do público que as frequenta (qualquer semelhança com Ipanema e Leblon, no Rio de Janeiro, é mera coincidência). E os telavivenses podem até não ser cariocas, mas também jogam vôlei, altinha e frescobol na areia, num cenário bem familiar pra nós brasileiros. Alguns bares à beira-mar têm mais agito, música ao vivo ou DJ. O pôr do sol ali foi um dos mais legais que já presenciei, e por isso está no ranking Top 10 Pôr do sol do Bora Viajar Agora. Começando do sul e indo sentido norte, na ordem, as principais praias são a Alma Beach (com Jaffa como pano de fundo), Aviv Beach (ponto de surfistas), Banana Beach, Jerusalem Beach (ponto agradável), Bograshov Beach, Frishman Beach, Gordon Beach (talvez a mais frequentada), depois da marina ainda tem a Hilton Beach (em frente ao Hotel Hilton, onde tem um bar animado, uma parte da praia é gay-friendly com público LGBT e outra parte é reservada para quem leva cachorros) e a Nordau Beach (praia religiosa, com separação de espaço para mulheres de um lado e homens do outro).

Tel Aviv ainda oferece mais pontos de interesse para os turistas na parte mais nova da cidade, que abriga embaixadas da maioria dos países que, por razões políticas, não consideram Jerusalém a capital. Entre os apetitosos mercados de Israel, destaque para o Carmel Market, ao ar livre, ideal para provar comidas e produtos locais. A Rothschild Boulevard é uma avenida famosa com comércios, restaurantes e bares, além de ser um dos lugares para apreciar os prédios no estilo Bauhaus. Por ser a cidade com mais edifícios dessa escola alemã de arquitetura, Tel Aviv ganhou o título de “Cidade Branca”. Também há muita arte de rua e grafites em certas áreas. Se houver tempo para mais visitas, ainda vale citar a Praça Rabin (onde Yitzhak Rabin, primeiro ministro israelense, foi assassinado em 1995), os bairros Neve Tzedek (o mais antigo da cidade) e Florentin (hipster), o Museu de Arte de Tel Aviv e o Parque Hayarkon.

ONDE COMER:

A culinária de Israel é diretamente influenciada pelos países árabes vizinhos, com muitas coisas em comum. Húmus e falafel (pasta e bolinho de grão de bico) foi o que nós mais comemos por lá, seja de entrada ou prato principal. Outras especialidades sempre presentes são shawarma e kebab, de carne de carneiro ou frango, com pão pita. Mas também é fácil achar cardápios com comidas mais ocidentais, muitas vezes preparadas com as regras kosher, como manda a tradição judaica.

E foi em Tel Aviv disparado o melhor húmus que comemos no país, no restaurante Abu Hassan, seguindo indicações, pois ele é considerado em muitas listas o melhor húmus de Israel. É um lugar bem simples em Jaffa, de donos árabes, sempre cheio (esperamos na fila) e que serve apenas algumas variações desta pasta de grão de bico, com pão pita, cebolas e temperos. Mas não precisa mais do que isso, é de fato muito saboroso. A cidade ainda tem diversos lugares para apreciar comidas locais, e os mercados são excelente opção para isso, com destaque para o tradicional Carmel Market, que tem barracas que vendem desde frutas e legumes até uma grande variedade de doces e salgados. Também há muitos bons restaurantes em Jaffa, na orla e espalhados pela parte nova de Tel Aviv. Almoçamos um dia no Mike’s Place, na avenida da praia, com vários pratos mais ocidentais, um cardápio até americanizado, incluindo hambúrguer, pizza, salada, carne, frango, peixe.

NOITE E FESTAS:

Prepare-se e coloque o pique em dia, porque a vida noturna de Tel Aviv é bastante agitada e não tem hora pra acabar. Tem coisa pra fazer praticamente todos os dias da semana (mesmo no Shabat, já que é a cidade mais liberal de Israel), mas quinta e sexta-feira são os dias mais movimentados para sair. Vale sempre consultar a programação e perguntar para pessoas locais o que está rolando de melhor no momento. Para começar, há muitos bares dos mais variados estilos e preços, em zonas boêmias como a Allenby Street, Dizengoff Street, Rothschild Boulevard, a avenida da praia e o bairro de Florentin. Em uma quinta-feira de agosto de 2019, nós tentamos ir no Port Said, que nos recomendaram para petiscar e beber com bons preços, mas é pequeno e estava tão cheio que acabamos desistindo de esperar. Com isso, acabamos comendo em outro ali ao lado mesmo da Grande Sinagoga. Depois, seguindo a Rua Allenby, pegamos fila, mas entramos e curtimos a noite até tarde no Sputnik Bar. Lugar bem legal, descolado, aquela mistura de bar com boate, tem uma área aberta com mesas e um ambiente fechado com DJ.

Na sexta-feira, depois de muito pensar em qual balada escolher, decidimos ir em duas completamente distintas. Curti ambas. Primeiro, entre meia-noite e umas 3h da manhã, fomos no Shalvata, um nightclub perto do porto de Tel Aviv (Namal), região animada e com outras boas opções. Pagamos 110 shekels (28 euros) de entrada e gastamos mais uns shekels além da conta nas bebidas, já que não é um local nada barato. O espaço é grande e todo ao ar livre, de frente para o mar, com DJ tocando música mais comercial e público jovem, arrumado e eclético. Nas festas cheias, é bom chegar cedo, pois pode ter uma certa frescura pra entrar. Depois, a madrugada seguiu até de manhã no The Block, uma balada bem conhecida para quem gosta de música eletrônica, que fica embaixo de uma estação de ônibus. O ingresso custou 80 shekels (20 euros). É um som mais pesado, um lugar mais frequentado por quem curte este estilo específico e com algumas regras. Logo que chegamos na porta, o segurança avisou que na pista principal é proibido até mesmo tirar o celular do bolso, com a intenção de evitar qualquer iluminação em um ambiente bem escuro e não atrapalhar a festa. Nas outras pistas, até é permitido usar o celular, mas nada de fotos lá dentro. Tudo isso sob ameaça de ser expulso.

Mas minha primeira viagem a Tel Aviv, em 2011, terminou com uma experiência inusitada, mas também muito animada. Chegamos no Hayarkon 48 Hostel no fim da tarde de uma sexta-feira, e no check-in já perguntamos sobre as melhores baladas da noite. Foi só neste momento que descobrimos que estava começando o feriado de Yom Kippur (Dia do Perdão), data importantíssima para o judaísmo em que tudo fecha em Israel. Tudo mesmo! Neste período, que dura 25 horas e vai do pôr do sol de um dia ao pôr do sol do dia seguinte, os judeus fazem orações intensas e seguem determinadas proibições, como não comer e não usar eletrodomésticos. Com isso, antes mesmo de subir para o quarto, o cara da recepção “mandou” a gente correr no supermercado para comprar comida para o fim de semana, pois não haveria nenhum restaurante e nem nada aberto. Enfim, foi um balde de água fria e uma frustração para quem estava imaginando ir a bares e boates. Mas para compensar, o clima no hostel foi tão alto astral e como todos estavam na mesma situação sem ter pra onde sair, a bagunça rolou no espaço aberto do rooftop, com muita cerveja Goldstar, shots de Arak e afins. Afinal, como dizem, Tel Aviv é a “capital das festas”.

IMPERDÍVEL:

– Não use Tel Aviv apenas como ponto de passagem por causa do aeroporto. Fique alguns dias na cidade e curta sem pressa o ambiente descontraído.

– Para aproveitar melhor o calor, praias e também as festas ao ar livre, viaje entre maio e outubro, quando está mais quente.

– Reserve um tempo para conhecer a cidade antiga de Jaffa, com construções históricas, mercados e bons restaurantes.

QUER SABER MAIS SOBRE TEL AVIV ? ACESSE TAMBÉM:

Site oficial de Tel Aviv

Tiago Lemehttps://www.boraviajaragora.com/
Jornalista, autor do Bora Viajar Agora, atualmente morando em Paris, trabalhando como freelancer. Já visitei 90 países. Os posts escritos neste blog são relatos de minhas viagens, com dicas e informações para ajudar outros viajantes.

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