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JERUSALÉM: o que fazer, história, roteiro na cidade sagrada

A intrigante cidade sagrada para cristãos, judeus e muçulmanos
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Quando fui a Jerusalém: Outubro de 2011 e Agosto de 2019

Quanto tempo: 3 dias e 4 dias

Imagine um lugar onde muçulmanos, cristãos e judeus convivem juntos em uma área de 1 quilômetro quadrado. Agora imagine um lugar onde Jesus Cristo, Maomé e Abraão viveram momentos que construíram a história de suas religiões. Imagine ainda que neste mesmo lugar existem militares “desfilando” normalmente nas ruas com metralhadoras penduradas no pescoço. Ao mesmo tempo que existem lugares sagrados e calmos, há muito agito noturno, bares e baladas. É, esse lugar existe e se chama Jerusalém, uma das cidades mais antigas e disputadas do mundo.  Então, pare de imaginar e dê um jeito de viajar pra lá.

Conflitos políticos e religiosos à parte, a capital de Israel (ou da Palestina?) é um dos lugares mais intrigantes e interessantes do mundo. E é justamente essa mistura maluca de culturas que torna o lugar extremamente sensacional e, por sinal, bastante turístico. Fui para lá pela primeira vez em outubro de 2011, durante o mochilão que fiz pelo Oriente Médio. Depois, em agosto de 2019, fiquei quatro dias em Jerusalém, tempo que fiz bate-voltas para o Mar Morto (Ein Bokek) e também até as cidades palestinas de Belém e Jericó, em uma viagem de uma semana no total, que incluiu outros destinos israelenses, como Tel Aviv e Nazaré.

Com a maioria da população formada por judeus, Israel é bem mais desenvolvida do que os países árabes com os quais faz fronteira, fazendo com que o custo da viagem por lá seja um pouco maior, os preços são próximos aos praticados na Europa ocidental. A segurança da região ainda é um fator que sempre gera preocupação, mas evitando a viagem em épocas turbulentas isso não deve ser um problema. Não sentimos qualquer risco quanto à violência urbana, por exemplo.

Independentemente de sua religião ou intensidade de sua fé, é até difícil descrever a sensação de estar em uma terra santa como esta. Caminhar pela Cidade Velha (Old City) e passar por atrações como o Santo Sepulcro, o Muro das Lamentações, o Monte do Templo e o Domo da Rocha é uma verdadeira viagem no tempo. Ir a Jerusalém é ver a história do mundo de perto e com os próprios olhos, em determinados momentos até se sentido um pouco parte desta história. Seja você cristão, judeu, muçulmano ou até mesmo ateu, a capital de Israel certamente é um dos destinos mais espetaculares do planeta para se conhecer.

TRANSPORTE:

Na minha primeira viagem, entramos em Israel vindo da Jordânia, cruzando a fronteira por terra, pelo Sul do país, na cidade de Eilat. Dali, pegamos um ônibus pela empresa Egged, a principal do país e bastante eficiente, e passamos pelo Mar Morto antes de chegar a Jerusalém. Na saída, seguimos rumo ao Egito, também fazendo um trajeto rodoviário. Na segunda vez, chegamos por Tel Aviv, onde fica o principal aeroporto internacional do país, em um voo da Transavia saindo de Paris, por 114 euros. Para quem viaja direto da Europa, existem boas opções de voos para Israel, incluindo companhias aéreas low-cost. Na volta até a capital francesa, voamos pela Czech Airlines, com uma conexão em Praga, por 210 euros. Lembrando que viajamos no mês de agosto, alta temporada de verão, com preços geralmente mais altos.

Importante citar que a imigração israelense costuma ter forte esquema de segurança. Em 2011, por termos visitado países árabes antes, o processo na fronteira foi bem rígido e demorado, mas fomos liberados sem problemas. Já em 2019 foi bem mais tranquilo no aeroporto, só com algumas perguntas básicas. Atualmente, os passaportes não são mais carimbados na chegada, pois determinadas nações árabes não permitem a entrada de pessoas que tenham visitado Israel. Por outro lado, o caminho inverso não é proibido, apesar do controle mais forte pelos agentes.

Para ir de Tel Aviv a Jerusalém e vice-versa, uma distância de 66km, a maneira mais barata é ônibus, por 18 shekels (5 euros) e uns 45 minutos de duração. Também é fácil ir de trem ou de sherut (vans compartilhadas). No entanto, durante o Shabbat, o dia de descanso do judaísmo, que vai do pôr do sol de sexta-feira ao pôr do sol de sábado, ônibus e trens não funcionam. Com isso, a solução é pegar um sherut, o que fiz da primeira vez, por 35 shekels (9 euros), ou um táxi, o que fiz da segunda vez pela comodidade, por 300 shekels (80 euros) dividido em quatro pessoas.

Em Jerusalém, para conhecer a Old City, tudo é feito a pé tranquilamente, já que não circulam carros dentro das muralhas históricas. Para ir a locais fora dela e na parte nova da cidade, também é possível caminhar para alguns pontos, mas existem bondes e diversas linhas de ônibus, que levam inclusive para algumas cidades da Palestina, como Belém. Alugar um carro ainda pode ser uma boa ideia para visitar outros destinos no país, o que fizemos pelo site da Rentalcars.

HOSPEDAGEM:

No mochilão de 2011, ficamos no Citadel Youth Hostel, na Old City,  por 60 shekels (15 euros) a diária, em quarto compartilhado. Na primeira noite, por um preço um pouco menor, dormimos no roof, sótão a céu aberto no topo do prédio, porque o local já estava lotado. Boa opção de hostel, com vários mochileiros dividindo histórias e muito bem localizado no centro da Cidade Velha. Na segunda viagem, alugamos um apartamento pelo Booking.com, por 100 euros a diária, para quatro pessoas, em um espaço com um quarto e uma sala com sofá-cama, além de banheiro, cozinha com todos os utensílios, varanda e ar condicionado. Ele fica no andar de cima de um pub (e há um aviso no momento da reserva que pode ter barulho à noite, mas não sentimos qualquer incômodo, e na verdade o fato de ter um pub logo abaixo foi um motivo a mais de escolher este lugar), com ótima localização perto de restaurantes, bares e a apenas 800 metros de caminhada da entrada da Cidade Velha.

– FAÇA AQUI A SUA RESERVA PELO BOOKING.COM OU HOSTELWORLD.COM

OLD CITY (CIDADE VELHA):

A Old City (Cidade Velha) concentra a maioria das atrações de interesse de Jerusalém. Para conhecê-la, na primeira vez, nos juntamos a um tour gratuito comum também em algumas cidades da Europa, que durou cerca de três horas e percorreu os principais pontos turísticos. Não costumo fazer este tipo de passeio em grupo, mas neste caso foi uma boa. Além de ter que pagar apenas se quiser e quanto quiser, o guia deu uma explicação resumida dos lugares e mostrou vários pontos que só quem é de lá mesmo conhece, como um caminho “escondido” por cima dos tetos das casas. Foi bom para ter uma boa noção da cidade, e depois voltar por conta própria nos lugares mais interessantes. Vale citar que as principais atrações da Old City são gratuitas e podem ser conhecidas a pé. Na viagem mais recente, com mais experiência e conhecimento do lugar, fizemos tudo de forma independente e visitamos locais que não tínhamos ido antes.

A Cidade Velha é dividida em quatro bairros: o cristão, o muçulmano, o judeu e o armênio, cada um com suas peculiaridades. A circulação entre os bairros é livre e apenas para pedestres, que se perdem no labirinto deixando a imaginação voltar à vida de milhares de anos atrás. Espalhadas pelas ruelas e becos estão diversas pequenas lojas que vendem souvenirs, produtos e comidas típicas de cada um destes povos, além, é claro, de contar com templos históricos, dezenas de igrejas, mesquitas e sinagogas. A região de apenas 1 quilômetro quadrado é rodeada por enormes muralhas, e existem atualmente sete portões de entrada: Jaffa Gate, New Gate, Damascus Gate, Herod’s Gate, Lion’s Gate, Dung Gate e Zion Gate.

Um dos principais acessos é o Jaffa Gate, ao lado da Torre de David, onde há um museu e alguns eventos. De lá, começa a David Street, uma pequena rua cheia de comércio que leva aos principais lugares do bairro cristão e se estende até a entrada da Praça do Muro das Lamentações. Mas a principal atração desta região é sem dúvida a Igreja do Santo Sepulcro (Church of Holy Sepulchre), local onde os católicos acreditam que aconteceu a crucificação e a ressurreição de Jesus Cristo. Este templo bizantino conta com vários aposentos, e o mais sagrado deles é uma pequena capela, chamada de Edícula, onde está o túmulo de Jesus. Ali, são constantes as longas filas de turistas para entrar, se ajoelhar e fazer uma oração. Os outros pontos mais importantes são a Pedra da Unção, onde o corpo de Jesus teria sido colocado após ser retirado da cruz, e o Altar da Crucificação, onde a cruz teria sido erguida antes de ele morrer. Para os mais religiosos, há missas diárias na igreja, a maioria delas pela manhã bem cedo.

O bairro muçulmano, que tem como principal porta de entrada o Damascus Gate, é o que abriga a maior população da Old City. Depois de passar alguns dias em países árabes do Oriente Médio, basta uma volta nesta região para relembrar os principais costumes islâmicos e os sons das mesquitas. Apesar de a região ser atualmente muçulmana, é lá que se localiza a Via Dolorosa, ou Via Crucis. De acordo com a crença cristã, foi por este caminho que Jesus Cristo carregou a cruz até morrer. São 14 estações com os números marcados em placas na paredes e, para quem quiser fazer este percurso, a sugestão é pegar um mapa com a explicação de cada uma delas. A estação 1 fica perto do Lion’s Gate, no pátio do atual Colégio de Omar (que nem sempre está aberto), local em que antigamente Jesus foi condenado à morte. Entre as outras estações, destacam-se a 3, onde Jesus caiu pela primeira vez, e a 4, onde ele encontrou a mãe, sendo que as últimas cinco (sem placas com a numeração) estão localizadas no Santo Sepulcro. No início deste trajeto, outro atrativo é a prisão onde Jesus Cristo ficou, uma cela no calabouço.

Já no bairro judeu, o mais rico e com casas mais bem cuidadas, estão diversas sinagogas, como a Hurva, e também o Cardo, um sítio arqueológico de colunas romanas descoberto após escavações. Mas o cartão-postal desta região de Jerusalém é o famoso Muro Ocidental (Western Wall), mais conhecido como o Muro das Lamentações. É o local acessível mais sagrado para o judaísmo, único vestígio do antigo Templo de Herodes, destruído pelos romanos há quase 2 mil anos. Mas lá, além de judeus ortodoxos rezando durante o dia inteiro, também estão muitos turistas (que precisam usar um quipá na cabeça, à disposição na entrada) colocando entre as pedras do muro bilhetes de papel com pedidos e agradecimentos. Há espaços separados para homens e mulheres. Aos mais interessados, há um tour pago pelos túneis subterrâneos do muro. Para entrar na ampla praça onde fica o muro, é necessário passar por detector de metais, antes de chegar ao local frequentemente lotado de viajantes e moradores locais dos mais diferenciados tipos e culturas.

O menor e menos atrativo dos quatro, mas não menos importante, é o bairro armênio. Lá fica a Catedral de St. James e o Convento de St. Jacques. Aí vem a pergunta: por que armênio e não russo, japonês, inglês, americano, etc..? Porque a Armênia foi o primeiro país do mundo a aceitar a religião cristã.

Para finalizar as atrações da Cidade Velha, deixei por último o Monte do Templo (Temple Mount), talvez a mais “famosa” e “curiosa” das atrações. Lá fica o Domo da Rocha (Dome of the Rock), tradicional mesquita com a cúpula dourada e belos mosaicos. O local é o terceiro mais sagrado do planeta para o islamismo, ficando atrás apenas de Meca e Medina, mas também o mais sagrado para o judaísmo, pois, como o próprio nome diz, é o monte onde ficavam os antigos templos de Salomão e de Herodes. Mas espera aí, como que pode existir um lugar tão importante para os muçulmanos dentro de um país predominantemente judaico e também sagrado para os cristãos? Pois é, às vezes é difícil de imaginar. Na primeira viagem, eu mesmo não sabia de diversos interessantes detalhes do que acontece por lá. Neste mesmo local, teriam acontecido momentos históricos para três religiões distintas, até por isso Jerusalém Oriental é uma das áreas mais disputadas do mundo, e esse é um dos motivos do conflito entre Israel e Palestina. Para os muçulmanos, foi a partir dali que Maomé teria subido ao céu. Para os judeus, foi onde Abraão teria oferecido seu filho Isaac ao sacrifício. Para os cristãos, foi onde Adão, Caim, Abel e Noel ofereceram sacrifícios a Deus.

Depois de muitas disputas, guerras e domínios, quem administra hoje o Monte do Templo são os muçulmanos, mas é o exército israelense quem controla o acesso (é confuso, mas é isso mesmo). A entrada para qualquer pessoa não muçulmana (seja turista ou morador local, com exceção de judeus, que não entram nunca) só é permitida em restritos horários durante o dia e nunca nas sextas-feiras, sábados e feriados. Para entrar, em uma rampa ao lado do Muro das Lamentações, o controle é rígido, com militares armados, revista rigorosa, raio-x e é necessário se vestir discretamente (nada de bermudas ou saias curtas, mas eles dão um pano na entrada para se cobrir). Lá dentro, na chamada Esplanada das Mesquitas, além do imponente Domo da Rocha, também fica a Mesquita de Al-Aqsa, mas apenas muçulmanos podem conhecer o interior delas. De qualquer forma, vale bastante a visita por toda a praça, pela área verde do complexo e pela energia deste local histórico.

O QUE MAIS FAZER:

Apesar de tantos lugares a serem visitados na Old City, Jerusalém ainda tem muita coisa a oferecer foras das muralhas. Bem ao lado da Cidade Antiga, colada ao Vale Kidron, está o  Monte das Oliveiras, que conta com diversos atrativos e foi onde Jesus Cristo teria feito alguns de seus ensinamentos. Para visitá-lo, muita gente prefere pegar um táxi até o topo e depois descer andando, mas nós subimos a pé mesmo (apesar do calor e cansaço), parando nos principais pontos de interesse e depois voltamos de ônibus. Fizemos isso por um motivo principal, terminar o dia vendo o pôr do sol lá do alto, com vista panorâmica de toda a cidade.

Começamos pela Igreja do Sepulcro de Maria, com bonita decoração cheia de candelabros, onde está a tumba que a mãe de Jesus teria sido enterrada. Na sequência, fomos à Igreja de Todas as Nações, ou Basílica da Agonia, um templo mais novo construído no lugar da pedra onde acredita-se que Jesus chorou na véspera de ser crucificado. Logo ao lado no mesmo terreno está o Jardim de Getsêmani, com árvores de oliveiras de quase mil anos, local que teria acolhido Jesus e seus discípulos na noite anterior àquela Sexta-Feira Santa. No caminho também estão a Igreja de Maria Madalena, com cúpulas douradas no estilo russo (e horários bem restritos de visitação), e a Igreja do Pater Noster, onde Jesus teria ensinado aos apóstolos a oração do Pai Nosso. Já lá no alto no monte, entramos na Capela da Ascensão, onde os cristãos creem que Jesus teria subido aos céus e que atualmente é uma mesquita islâmica. O templo é bem pequeno e tem em seu interior apenas uma pedra com o formato do pé que seria de Cristo, marcando o último ponto onde ele pisou na Terra. Por fim, chegamos ao mirante (que fica em frente ao Hotel Seven Arches) para ver o belo pôr do sol, com a Cidade Velha de pano de fundo e o Domo da Rocha em destaque. Este visual especial entrou na nossa lista Top 10 Pôr do sol do Bora Viajar Agora. Ainda visitamos logo abaixo o imenso Cemitério Judaico, o mais antigo do mundo, com mais de 150 mil túmulos e 3 mil anos de história.

Também perto da Old City está o Monte Zion, que não tivemos tempo de visitar, onde estão principalmente a Tumba do Rei David (rei de Israel, aquele que derrotou o gigante Golias), lugar sagrado para os judeus, e o túmulo de Oskar Schindler (lembram do filme “A Lista de Schindler”?). Na Cidade Nova, conhecemos o popular Mercado de Mahane Yehuda, com inúmeras barracas de comida, excelente para apreciar a culinária da região (leia mais abaixo), e o bairro de Mea She’arim, onde moram judeus ortodoxos, sempre vestidos de maneira bem característica: todos de preto, com chapéu e barba longa. Para os turistas que querem visitar esta área, é necessário seguir as regras quanto às roupas, e bem na entrada há uma placa de aviso bem direta para respeitar a tradição, escrita em hebraico e inglês: “Por favor, não passe pelo nosso bairro com roupas indecentes. Roupas modestas incluem: blusa fechada, com mangas compridas, saia longa, sem roupas justas”. Outra atração de destaque é o Yad Vashem, complexo onde fica o Museu da História do Holocausto e o memorial às vítimas. Claro, ainda existem na cidade muitos outros museus, igrejas, sinagogas e mesquitas, que podem ser visitadas de acordo com o gosto específico de cada um.

​Para finalizar, a partir de Jerusalém é possível fazer alguns passeios de ida e volta no mesmo dia, para destinos próximos, que também são imperdíveis em uma viagem a Israel. Estivemos em Ein Bokek e Ein Gedi, ambas no Mar Morto, em Belém (onde Jesus Cristo nasceu) e Jericó (a cidade mais antiga do mundo), cidades que ficam na atual Palestina, e também no Qasr el Yahud, o local original de batismo de Jesus no Rio Jordão. As ruínas da fortaleza de Massada também estão na rota de muitas pessoas, mas não chegamos a ir. Para todos esses lugares, existem tour organizados por agências, mas também é possível conhecer de maneira independente, alugando carro ou de ônibus, como nós fizemos.

ONDE COMER:

A culinária de Israel é diretamente influenciada pelos países árabes vizinhos, com muitas coisas em comum. Húmus e falafel (pasta e bolinho de grão de bico) foi o que nós mais comemos por lá, seja de entrada ou prato principal. Outras especialidades sempre presentes são shawarma e kebab, de carne de carneiro ou frango, com pão pita. Mas também é fácil achar cardápios com comidas mais ocidentais, muitas vezes preparadas com as regras kosher, como manda a tradição judaica. Tanto dentro da Old City quanto fora das muralhas existe boa oferta de restaurantes. Na parte nova da cidade, perto da Jaffa Road, comemos em dois lugares que gostamos bastante, o Zabotinski Bar e o Gent Kitchen & Bar. Os pratos individuais nesses locais custaram uma média de 15 euros, mas eram muito bem servidos e podiam até ser divididos dependendo da fome. O Mercado Mahane Yehuda também é uma ótima ideia para apreciar as delícias típicas de Israel no almoço ou jantar. Pelas ruas de Jerusalém também fácil encontrar barracas que vendem sucos naturais, especialmente de romã, uma fruta comum no Oriente Médio.

NOITE E FESTA:

Como citado no início do post, Jerusalém também oferece muita diversão para o viajante. Na New City, a parte nova da cidade, nas travessas da Jaffa Road e perto da Zion Square estão diversos bares que ficam lotados de jovens durante a noite  (como os dois que comemos citados acima e o Sira Pub), sempre com muito narguilé, alguns com música. A Shim’on Ben Shatakh Street, uma rua para pedestres ali perto, também conta com boas opções. A cidade é de fato vibrante, com diversas opções de lazer. E também existem boas baladas que rolam até o amanhecer. Fui à HaOman 17, que fica a uns 15 minutos de táxi do centro. Lugar grande, com música eletrônica e comercial, era um dos nightclubs que estava pegando na época, bem tradicional. Para quem está solteiro, Israel me surpreendeu positivamente, o nível da mulherada é alto. Durante o dia, as israelenses “desfilam” beleza vestidas de militar e com uma metralhadora pendurada no pescoço E, à noite, essas mesmas militares vão para a “guerra” nas baladas.

SEGURANÇA:

Jerusalém é um lugar seguro? É inegável a história de guerras na região, mas a vida diária lá é semelhante à de qualquer cidade ocidental. Não me senti inseguro em nenhum momento, até porque a violência urbana de roubos e assaltos, por exemplo, é quase inexistente. A preocupação deles com o terrorismo é grande, justificável, até por isso as medidas de segurança são ainda maiores. É impressionante o número de militares do exército espalhados pelas ruas, você vê metralhadoras frequentemente. Aconteceu de eu estar sentado em um ônibus ou em uma lanchonete e um cara sentar ao meu lado com uma dessas metrancas penduradas no pescoço. Lá é a coisa mais normal do mundo. Sem falar nos inúmeros detectores de metais e raios-x nas entradas de qualquer prédio público, rodoviária, shopping e coisas do tipo.

Para se ter uma ideia da importância do serviço militar em Israel, aos 18 anos todos no país são obrigados a se apresentar e a servir o exército. Homens são recrutados e ficam por três anos e mulheres servem durante dois anos. Só existem raras dispensas em casos excepcionais, se a pessoa não for apta física ou mentalmente. Mesmo assim, apesar de todos esses fatos citados, volto a afirmar: me senti seguro durante todo o tempo que permaneci por lá.

IMPERDÍVEL:

– Caminhar e se “perder” pela Old City e a mistura de culturas e religiões, em seus quatro diferentes bairros: judeu, cristão, muçulmano e armênio.

– O Muro das Lamentações e os rituais de fé das pessoas no local principalmente judeus locais, mas também turistas cristãos.

– A Mesquita do Domo da Rocha chama atenção pela cúpula dourada, além da história e disputa religiosa que envolvem o Monte do Templo.

QUER SABER MAIS SOBRE JERUSALÉM ? ACESSE TAMBÉM:

Site oficial da cidade

Desbravando Novas Fronteiras

Mapa na Mão

​- Turista Profissional

Tiago Lemehttps://www.boraviajaragora.com/
Jornalista, autor do Bora Viajar Agora, atualmente morando em Paris, trabalhando como freelancer. Já visitei 90 países. Os posts escritos neste blog são relatos de minhas viagens, com dicas e informações para ajudar outros viajantes.

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